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Empreendorismo Social: o que é e exemplos

  • Foto do escritor: Matheus Rabelo
    Matheus Rabelo
  • há 14 minutos
  • 6 min de leitura

O empreendedorismo social busca sanar ou solucionar problemas da sociedade ou meio ambiente. A prioridade é o impacto social, não o lucro. 


pessoas reunidas fazendo trabalho para o meio ambiente, com energia eólica.

Quando falamos em empreendedorismo, pensamos no tradicional modelo de negócios que busca lucros por meio da venda de produtos ou serviços, seja para pessoas físicas ou jurídicas. 

 

Porém, quando olhamos o significado da palavra, empreendedorismo é nada mais do que identificar oportunidades e soluções, seja um negócio ou projeto, que gere valor positivo para a sociedade por meio da resolução de problemas ou oferecimento de algo inovador. 

 

Quando levamos o conceito para o âmbito social, temos o empreendedorismo social. Assim como o empreendedorismo tradicional, o social busca propor soluções para demandas da população, porém a principal diferença entre os dois é que o empreendedorismo social não tem o lucro como objetivo principal, mas o desenvolvimento social e transformação de realidades. 

 

Com isso, o empreendedorismo social se tornou uma forte frente no combate à desigualdade social, preservação do meio ambiente e muito mais.


O que é Empreendedorismo Social? 

 

O empreendedorismo social é o empreendedorismo que desenvolve projetos que buscam sanar ou resolver algum problema social, ajudando a sociedade a enfrentar obstáculos socioeconômicos, culturais e ambientais. O foco não é o lucro e, sim, o impacto social. 

 

Nesse modelo de empreendedorismo, as pessoas levam práticas comuns do mundo corporativo para a vivência do trabalho como empreendedor social. Por exemplo, os envolvidos utilizam técnicas de gestão, criatividade, liderança, logística e outros pontos para que os processos sejam feitos da melhor maneira.  

 

O empreendedorismo social pode existir de diferentes maneiras, como startups que desenvolvem tecnologias para o bem, empresas que vendem produtos sustentáveis e ecológicos e a lista continua. A principal métrica para esse tipo de negócio é justamente o impacto social gerado e como ele transforma realidades a longo prazo, seja local ou globalmente.  

 

Qual a diferença entre Empreendedorismo Social e Terceiro Setor? 

 

A principal diferença entre empreendedorismo social e o Terceiro Setor é o fato de que o negócio social não depende de doações para se manter, como o Terceiro Setor precisa, pois, a receita vem de produtos e serviços oferecidos. 

 

Qual a diferença entre empreendedorismo social e o empreendedorismo tradicional? 

 

A principal diferença é que as empresas tradicionais possuem o lucro como objetivo principal dos negócios. Ou seja, o foco é vender para que haja ainda mais receita.  

 

Já o empreendedorismo social prioriza o impacto na sociedade e os benefícios que ela terá por meio dos produtos ou serviços oferecidos. Então, o lucro é uma consequência do propósito. Além disso, o público-alvo dos negócios sociais são as pessoas que estão em algum tipo de vulnerabilidade ou o meio ambiente. 

 

Vale ressaltar que o empreendedor social pode gerar renda, aprovar propostas lucrativas e aumentar a receita. A diferença é que o foco não é esse.  

 

Qual a importância do empreendedorismo social? 

 

O empreendedorismo social contribui para a sociedade em diferentes segmentos: cultura, segurança alimentar, suporte a famílias carentes e outras áreas da vida. 

 

Como o propósito principal é o impacto social positivo e não o lucro, há mais entendimento sobre as necessidades da causa e, consequentemente, o negócio desenvolve ações mais assertivas e que trazem benefícios reais para os público-alvo da causa. 

 

Qual a função do empreendedorismo social? 

 

O empreendedor social busca alcançar comunidades onde o Estado, muitas vezes, não consegue ir. Portanto, o papel desse tipo de negócio é identificar os desafios que afetam os grupos marginalizados, o meio ambiente, os animais e causas sociais, e propor soluções que sejam viáveis e vantajosas para a sociedade. 

 

O foco dos empreendedores sociais é no impacto positivo e como metrificá-la, utilizando, por exemplo, a tangibilização. Então, entendemos que o sucesso é baseado na profundidade do que foi feito e em como a sociedade recebe os produtos e serviços. 

 

A importância do empreendedorismo social também se justifica pelo contexto em que vivemos: desastres naturais, pobreza, guerra, falta de acesso à educação de qualidade e outros problemas. Por meio das ações, produtos, serviços e eventos, é possível tratar as causas das adversidades sociais e ambientais, fomentando o desenvolvimento de justiça e sustentabilidade para a população. 

 

Além de fornecer mais inclusão social e oportunidades para os indivíduos, os negócios sociais espalham a conscientização sobre o tema e inspiram outros negócios e pessoas a fazerem o bem dentro dos seus próprios contextos. 

 

Quais as principais características do empreendedorismo social?

 

Dentro do empreendedorismo social, há três elementos principais que fazem parte do conceito: diagnóstico, mapeamento de oportunidades e transformação. 

 

Diagnóstico 

 

Para o negócio social existir é essencial que haja algo social a ser solucionado. Para isso, é preciso identificar injustiças, problemas e obstáculos na sociedade. 

 

Os problemas geralmente se baseiam na negligência que as comunidades e o meio ambiente sofrem por parte de atenção do Estado e outros órgãos e políticas. Seja a fome, moradia, pobreza, desemprego ou outras situações, é necessário que o negócio entenda a dor com profundidade a fim de que o planejamento seja pensado de maneira personalizada e direcionada para tratá-la. 

Nesta fase, entra a coleta e análise de dados, além de um processamento contínuo de informações e dados para manter os documentos e o planejamento alinhados ao contexto do momento. 

 

Mapeamento de oportunidade 

 

Após entender o problema, é importante que o empreendedor social encontre ideias e oportunidades sobre o que fazer para solucioná-lo. Esse será o foco da empresa, o que guiará a missão, visão, valores e o propósito também. 

 

Para refletir sobre as soluções, é necessária criatividade e pensamento crítico para pensar “fora da caixinha”. É viável olhar as tendências de mercado, tecnologias emergentes e ideias inovadoras que surgem, por mais distantes e diferentes que sejam, sempre há algo a aprender e uma nova perspectiva a encontrar. 

 

Depois de definir a ideia principal, pense em logística, quais parceiros serão necessários, qual equipe precisará e então organize todos os stakeholders do negócio de modo que você possa fazer uma boa gestão dos relacionamentos comerciais. 

 

Transformação 


Nesta etapa, a empresa já implementa o planejamento, o qual, consequentemente, resolve ou sana as adversidades que o público-alvo sofre. Ou seja, mão na massa! 

Depois da ação, vem a análise dos produtos e serviços: identificação do que deu certo, volume de vendas, como eles resolveram o problema do público e “por aí vai”. Cada negócio tem as próprias particularidades e, portanto, podem ter métricas específicas. Por isso, esteja sempre aberta para encontrar dados que conversem entre si. 

A partir disso, é possível pensar até em estender o impacto do negócio para outros grupos, maximizando cada vez mais o poder de atuação, seja ampliando a área de atuação ou oferecendo novos produtos e serviços que solucionam outros tipos de problemas. 

  


Exemplos de Empreendedorismo Social 

 

Gerando Falcões 

A Gerando Falcões é um ecossistema de impacto social que atua em favelas de todo o Brasil, promovendo o acesso ao esporte e à cultura para crianças e adolescentes, além de oferecer qualificação profissional para jovens e adultos. 

Fundada por Eduardo Lyra, nascido na periferia de São Paulo, a iniciativa já transformou a vida de mais de 700 mil pessoas em diversas regiões do país. 

 

Instituto Chapada 

O Instituto Chapada atua para fortalecer a qualidade da educação pública no Brasil. 

O trabalho da organização se concentra no apoio à formação continuada de professores e gestores escolares, promovendo também a criação de redes colaborativas que impulsionam o ensino formal e contribuem para o aprimoramento de políticas públicas educacionais. 

 

Grameen Bank 

Idealizado pelo economista bengalês Muhammad Yunus, o Grameen Bank é um dos empreendimentos sociais mais reconhecidos no mundo. 

A iniciativa surgiu na década de 1970, em resposta a uma realidade injusta em Bangladesh: a população de baixa renda não conseguia acesso a crédito nos bancos tradicionais, mesmo quando o objetivo era empreender. 

Sem alternativas, muitas pessoas recorriam a agiotas, que cobravam juros abusivos. Foi diante desse cenário que Yunus decidiu agir. Para provar que o risco de inadimplência era baixo entre os mais pobres, ele emprestou, do próprio bolso, US$ 27 a um grupo de 42 mulheres. O valor foi investido em ferramentas de trabalho, e todas conseguiram pagar o empréstimo. 

O sucesso dessa experiência deu origem ao Grameen Bank, uma organização voltada a conceder microcrédito para incentivar o empreendedorismo e reduzir a pobreza — modelo que se espalhou por diversos países. 

Em 2006, Yunus foi reconhecido com o Prêmio Nobel da Paz. Até 2011, o banco já havia liberado quase US$ 10 bilhões em crédito a famílias de baixa renda. 

 

O Empreendedorismo Social veio para ficar 

 

Como falamos anteriormente no conteúdo, vivemos em um contexto de muitos problemas ambientais, sociais, educacionais, políticos, etc.  Portanto, há muito o que fazer em prol de transformar o mundo em um lugar melhor e o empreendedorismo social é um desses caminhos. Porém, como todo projeto, ele precisa de estruturação e gestão profissional para que consiga se manter por muito tempo. 

Com tantos modelos atuais, vemos que o empreendedorismo social propõe soluções inovadoras para cuidar do próximo e aumentar cada vez mais a nossa corrente do bem. 

 
 
 

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