O G do ESG corresponde à governança, ou seja, ações que fomentam a transparência, ética, compliance e gestão de risco dentro das empresas.
O G da sigla ESG foi e é adotado por empresas de variados setores, que visam além do lucro financeiro — apesar de, ao ver o modelo de negócio geral, acredito que a governança auxilia no sucesso e, consequentemente, no lucro da organização.
O foco principal deste pilar é fomentar uma gestão ética, transparente e responsável dentro das empresas, indo além da burocracia: o objetivo é desenvolver processos íntegros, eficientes e sustentáveis nas operações.
Neste artigo, te explicarei o que é uma governança pautada pelo ESG dentro do contexto empresarial, além de como implementar e oferecendo exemplos para construir insights.
Vamos lá?
O que é o ESG?
A Agenda ESG corresponde a Environmental, Social and Governance, sendo Meio Ambiente, Social e Governança, respectivamente. Os pilares representam critérios para que as empresas mantenham as operações mais responsáveis.
A adoção de ESG mostra o comprimento da marca com um modelo de negócios sustentável, o que melhora a imagem do negócio. Também, o ESG atrai investidores e consumidores que valorizam organizações alinhadas com causas responsáveis.
Já falamos sobre o “E” e o “S” por aqui. Veja:
O que é o G do ESG?
O G do ESG representa a Governança, que envolve as práticas, processos e controles que orientam a gestão e tomada de decisões dentro de uma organização. Ela possibilita a empresa a atuar de maneira ética, transparente e responsável, melhorando, por meio da confiança, a relação com os colaboradores, investidores, clientes e sociedade.
A Governança possui alguns aspectos importantes. Conheça:
1. Transparência e prestação de contas:
As empresas com boa governança se comunicam com clareza, explicando as práticas, os resultados financeiros e as ações estratégicas. Assim, as pessoas que fazem parte dela conseguem compreender como o negócio é conduzido.
2. Conselho administrativo diverso
A força da diversidade é reconhecida e presente nos conselhos de administração, que ocupam posições de decisões e estratégias.
3. Ética e compliance
Combater a corrupção é essencial para uma boa governança. Além disso, estabelecer um código de conduta e ter conformidade com as leis e regulamento são práticas essenciais, pois garantem que a empresa opere de forma justa e alinhada com os padrões legais e morais.
4. Gestão de riscos
A gestão de riscos também faz parte das boas práticas de governança. Avaliar os possíveis riscos e planejar estratégias para saná-los é uma boa forma de aumentar a sustentabilidade do negócio.
5. Relacionamento com stakeholders
A governança envolve ouvir todas as pontas de contato, os stakeholders, como acionistas, colaboradores, clientes, comunidades, fornecedores e outros. Dessa forma, o negócio entra em harmonia com os interesses e preocupações daqueles que interagem com a marca.
Uma governança eficaz é essencial para evitar crises internas, como escândalos de fraudes, fortalece a reputação da empresa e traz mais confiança de investidores e parceiros. Tudo isto amplia as oportunidades de crescimento da marca.
Com isso, o G do ESG é um dos alicerces para a consistência do negócio a longo prazo.
Principais benefícios do G do ESG
Agora que você sabe mais sobre o que é a Governança, entenda os principais benefícios que ela traz para as empresas:
1. Atração e retenção de investimentos
A governança atrai mais investidores e acionistas, pois demonstra que a empresa segue as regras de compliance e transparência. Isto facilita a captação de recursos e melhora o valor de mercado da organização.
2. Redução de riscos e escândalos
Uma organização estratégica da governança auxilia a identificar e sanar riscos financeiros, operacionais e reputacionais. Políticas de controle interno e auditoria garantem que a empresa esteja preparada para evitar fraudes e crises.
3. Melhoria na reputação e imagem corporativa
Como disse ali em cima, a governança envolve todas as pontas de contato. Dessa forma, quando a transparência e ética são aplicadas, a marca consegue se posicionar de maneira íntegra e responsável no mercado.
4. Conformidade com leis e regulamentos
Um dos benefícios do G do ESG é justamente o alinhamento junto às leis, pois previne a organização de sofrer sanções ou multas, por exemplo.
5. Sustentabilidade no longo prazo
Atualmente, para uma marca se manter bem a longo prazo é essencial investir em branding, experiências e dar um sentido ao que faz, permitindo que o público-alvo se conecte com o negócio. Dessa forma, com o ESG e, mais especificamente a governança, sua empresa desenvolve um modelo de negócios que tende a se posicionar positivamente na mente do consumidor. Isto intensifica o crescimento e constrói um caminho positivo para a longevidade.
Podemos entender que o G do ESG ajuda na consistência e solidez das ações ambientais e sociais. Ela sustenta a operação da empresa, posiciona como referência no mercado e fortalece a competitividade e impacto positivo na sociedade.
Exemplos do G do ESG
Veja alguns exemplos de como aplicar a governança na sua empresa:
1. Transparência e prestação de contas
Empresas que divulgam relatórios anuais de sustentabilidade e governança, como Natura e Bradesco, detalham seus impactos ambientais e sociais, além de metas alcançadas.
Há também organizações que utilizam auditorias externas para validar suas práticas e garantir que seguem padrões de governança global, como a ISO 37001 (anticorrupção).
2. Composição diversificada do conselho
Ações voltadas para a inclusão de mulheres e minorias em conselhos administrativos, como acontece no Magazine Luiza e na Petrobras.
É importante lembrar que qualquer empresa pode promover a diversidade gerencial, aumentando a representatividade nos níveis mais altos de decisão.
3. Políticas anticorrupção e compliance
Implementação de programas de compliance robustos, como o da Vale, que monitora e orienta funcionários sobre condutas éticas.
Você, também, pode adotar canais de denúncia anônimos para que colaboradores e stakeholders possam reportar irregularidades sem medo de represálias.
4. Engajamento dos stakeholders
Empresas como a Unilever realizam consultas públicas para envolver consumidores e parceiros na tomada de decisões estratégicas.
Assim, é bem-vinda a criação de conselhos consultivos com participação ativa de clientes, fornecedores e comunidade, promovendo diálogo e inovação colaborativa.
5. Gestão de riscos e crises
Bancos, como o Itaú, desenvolvem sistemas para mitigar riscos financeiros e sociais, garantindo a continuidade das operações mesmo em cenários adversos.
Empresas que integram a gestão de riscos socioambientais em suas estratégias de negócios podem minimizar os impactos negativos.
6. Remuneração por desempenho sustentável
Organizações vinculam a remuneração variável de executivos a metas de sustentabilidade, como redução de emissões e impacto social positivo.
Há também os empreendimentos que ajustam bônus e gratificações com base em conquistas ligadas aos critérios ESG.
Esses exemplos mostram como o foco na governança promove responsabilidade e integridade, tornando as empresas mais preparadas para desafios e oportunidades em um cenário de mercado em constante mudança.
A governança do ESG precisa ser consistente
Agora que você entendeu o que é o “G” no ESG, chegou a hora de aplicar na sua organização! Os benefícios deste alinhamento trarão vantagens e alinharão a sua empresa aos objetivos de desenvolvimento global.
Não se esqueça: a consistência é a chave. Por isso, estude, entenda a sua empresa e verifique quais ações se encaixam melhor nela.
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